Popularmente conhecido como andropausa, o DAEM (Distúrbio Androgênico do Envelhecimento Masculino) ocorre quando os níveis de testosterona sanguíneos do homem reduzem de forma progressiva durante o envelhecimento.
A incidência do DAEM aumenta com a idade, geralmente afetando homens que possuem 40 anos ou mais. Porém, a doença também pode se manifestar em menor escala em jovens adultos.
É importante ressaltar que o Distúrbio Androgênico do Envelhecimento Masculino não é natural ao organismo, como a menopausa, que afeta todas as mulheres. Por isso, o DAEM não afeta todos os homens.
Os principais sintomas do Distúrbio Androgênico do Envelhecimento Masculino são:
O Distúrbio Androgênico do Envelhecimento Masculino ocorre pela diminuição da produção de testosterona pelos testículos.
Estima-se que a queda da testosterona em homens a partir de 30 anos seja de 0,4% a 2% ano, sendo esses valores considerados normais. Porém, algumas condições podem potencializar a queda. Algumas delas são: sedentarismo, doenças da tireoide, obesidade, diabetes, doenças renais e hepáticas avançadas, excesso de ferro ou hemocromatose, estresse, deficiência de vitamina D ou zinco, AIDS, DPOC, entre outros.
Para o tratamento do Distúrbio Androgênico do Envelhecimento Masculino, recomenda-se a Terapia de Reposição de Testosterona (TRT). Existem diferentes formas para a terapia, tendo modificações em aspectos como segurança, via de administração, dosagem e intervalo de uso.
A TRT Transdérmica (adesivos e géis) possui diversas semelhanças com a fisiologia humana. É um dos métodos mais seguros, sendo bem tolerada por grande parte dos pacientes. O aumento da testosterona costuma ocorrer em um curto espaço de tempo e sua reposição diária garante a consistência dos níveis sanguíneos. A avaliação do paciente deve ser realizada a cada 3 meses após o início do tratamento e, após esse período, a cada 6 meses.
Muitos pacientes preocupam-se com o surgimento do Câncer de Próstata devido a Terapia de Reposição Hormonal. Porém, diversos estudos evidenciam que não há relação entre níveis de testosterona e incidência de câncer de próstata. O que se constata é uma relação inversa, com quadros de câncer mais agressivos em pacientes com baixos níveis de testosterona endógena.
Como citado, estudos da área não evidenciam riscos de Câncer de Próstata em pacientes que realizam a reposição hormonal. Mas, em pacientes previamente tratados com prostatectomia radical ou radioterapia em casos de câncer de próstata, o tratamento com a reposição hormonal ainda não está totalmente assegurado por estudos e pesquisas.
Se você enfrenta o Distúrbio Androgênico do Envelhecimento Masculino, é essencial a consulta em um médico urologista, para encontrar a melhor opção de tratamento para o seu caso. Além disso, os tratamentos disponíveis para o DAEM necessitam de um acompanhamento periódico, para a segurança do paciente.