Muitos pacientes possuem dúvida e desejam compreender se o excesso de prepúcio é normal ou se traz complicações na vida sexual.
A condição não consiste em um quadro de fimose, com o qual pode ser confundida, mas pode trazer desconforto para o dia a dia do indivíduo.
Pensando nisso, o artigo de hoje esclarece a questão e também traz informações relacionadas ao tema.
Siga a leitura e compreenda diversas questões relacionadas à fimose e ao excesso de prepúcio!
O prepúcio é uma dobra dupla de pele e mucosa que cobre e protege a glande do pênis. Durante a infância, o prepúcio está normalmente aderido à glande, mas, com o tempo, torna-se retrátil.
Em alguns homens, ele permanece parcial ou cobrindo totalmente a glande mesmo na idade adulta, enquanto em outros pode ser completamente retraído.
A principal função do prepúcio é proteger a glande. Ele mantém a sensibilidade da glande, protegendo-a contra fricções e lesões.
O prepúcio também desempenha um papel na lubrificação, uma vez que as glândulas localizadas na sua parte interna produzem uma substância chamada esmegma, que ajuda a manter a glande úmida e lubrificada.
Além disso, o prepúcio contribui para a função sexual, proporcionando uma camada adicional de pele que se move durante a relação sexual, o que pode aumentar o prazer para ambos os parceiros.
O prepúcio consiste em uma pequena camada de pele extra que recobre a ponta do pênis de todos os indivíduos do sexo masculino, como vimos no tópico anterior.
No entanto, em alguns casos, determinados pacientes podem apresentar excesso de pele peniana. Isso é normal?
De acordo o portal da Urologia, homens que apresentam excesso de pele peniana e não conseguem expor a glande são portadores de fimose.
Ela é uma condição comum nos bebês meninos e tende a desaparecer com o passar do tempo. Se na adolescência o problema persistir, pode ser necessária uma intervenção cirúrgica simples para remoção da pele.
No entanto, nem sempre o excesso de pele no pênis é sinônimo da condição citada. Se o paciente tem muita pele, mas consegue expor a glande, ele possui excesso de prepúcio.
O excesso de prepúcio, também conhecido como fimose, pode ser causado por uma variedade de fatores. A seguir, apresentamos as principais causas deste problema, como, por exemplo:
A genética pode desempenhar um papel significativo no excesso de prepúcio. Algumas pessoas nascem com um prepúcio naturalmente mais longo ou mais estreito, o que pode dificultar a retração completa. Se houver histórico familiar de fimose, há uma maior probabilidade de o indivíduo também apresentar essa condição.
Condições inflamatórias, como balanite (inflamação da glande) ou balanopostite (inflamação da glande e do prepúcio), podem causar inchaço e cicatrização do prepúcio, tornando-o excessivo ou não-retrátil. Infecções repetidas podem levar ao acúmulo de tecido cicatricial, que restringe a mobilidade do prepúcio.
Lesões no prepúcio ou na glande podem resultar em cicatrizes que estreitam a abertura do prepúcio. Esse processo pode ocorrer devido a traumas físicos, práticas de higiene inadequadas ou procedimentos médicos que causam danos ao tecido do prepúcio.
A diabetes pode aumentar o risco de desenvolver infecções no prepúcio, o que pode levar à inflamação crônica e à formação de cicatrizes. A glicose elevada na urina pode criar um ambiente propício para infecções, que por sua vez, causam problemas de retração do prepúcio.
Com o envelhecimento, a elasticidade da pele pode diminuir, e isso inclui o prepúcio. A perda de elasticidade pode tornar o prepúcio mais apertado e difícil de retrair, contribuindo para a percepção de excesso de prepúcio.
A higiene inadequada pode levar ao acúmulo de esmegma, uma substância branca e espessa produzida pelas glândulas do prepúcio. O acúmulo de esmegma pode causar inflamação e infecção, resultando em cicatrizes e estreitamento do prepúcio.
Para confirmar se o paciente tem fimose ou um caso de excesso de prepúcio, um médico deverá examinar a região e verificar como a pele se comporta ao tentar expor a glande.
Tratando-se de uma quantidade de pele que não condiz com um caso de fimose, ainda assim poderá ser necessário tomar diversos cuidados, como uma higiene mais atenta, para prevenir doenças, ou mesmo considerar a possibilidade de procedimento cirúrgico.
Ambas as condições podem dificultar a exposição da glande e a higiene local, o que pode ocasionar a infecção na área, também conhecida como balanite. Essa infecção pode causar coceira, dor, vermelhidão e gerar um verdadeiro incômodo ao paciente.
Geralmente, ela pode ser provocada por um fungo e, para o seu tratamento, é necessária a avaliação de um médico urologista ou andrologista. Geralmente, a condição melhora com tratamento local com pomada específica para o quadro.
Geralmente, pacientes com excesso de prepúcio sentem desconfortos durante a prática sexual.
A postectomia é o nome do procedimento realizado para a retirada do prepúcio, geralmente indicada para homens que sentem incômodo durante a prática de relações sexuais.
O procedimento pode trazer melhorias na vida sexual de alguns homens, afinal, a balanite de repetição (sucessivas inflamações na glande) pode limitar a elasticidade da pele e causar desconforto.
Além disso, no homem iniciado sexualmente, a indicação da realização da postectomia se dá quando há dor na exposição da glande, seja durante a masturbação ou no ato sexual. Esse desconforto se relaciona ao anel que limita o movimento da pele (a fimose).
O resultado da cirurgia é, comprovadamente, positivo para a vida sexual nesses dois casos, em que a retirada do prepúcio influencia, diretamente, no conforto na hora do sexo, sem dores.
Em um primeiro momento, alguns pacientes costumam sentir um aumento de sensibilidade na glande, uma vez que ela deixa de estar coberta pela pele do prepúcio, resultando em uma sensação desconhecida.
Com o passar do tempo, ao longo da recuperação, a sensibilidade tende a diminuir, conforme o indivíduo se acostuma à exposição da região.
Dessa forma, não há redução em relação ao que o paciente costumava sentir antes da cirurgia, mas sim em comparação com o pós-operatório, que traz esse desconforto temporário, mas que se dissipa rapidamente.
O pós-operatório da postectomia assusta muitos pacientes, mas, na verdade, consiste em um processo bastante tranquilo.
Durante cerca de quatro semanas, o pênis permanece com os pontos do local do corte, os quais caem conforme o local cicatriza.
Ao longo desse período, é fundamental que o paciente não tenha relações sexuais e nem se masturbe, o que pode causar sérios danos à região da cirurgia.
É importante que uma boa higiene seja realizada diariamente, oscilando o processo de cicatrização, e todo o processo de recuperação é acompanhado pelo urologista por meio de consultas regulares.
Embora esse seja um assunto de grande importância, quando o assunto é a saúde masculina, ainda existem muitos tabus a serem rompidos.
O Instituto Lado a Lado pela Vida conduziu uma pesquisa com 1.800 homens do Brasil, México, Colômbia e Argentina, concluindo que 7 em cada 10 pessoas do sexo masculino só procuram o médico após sintomas insuportáveis.
Falar sobre esse assunto é fundamental para reduzir a ocorrência de doenças causadas por infecções na região do prepúcio e até mesmo do câncer de pênis, uma condição pouco comentada no Brasil.
Por isso, ao sentir qualquer desconforto, dê o primeiro passo em direção a uma vida com mais bem-estar e consulte um urologista.
Ficou com alguma dúvida? Entre em contato com a nossa Clínica de Andrologia para receber mais informações sobre esse assunto!