Reprodução: Freepik
A tadalafila é amplamente utilizada no tratamento da disfunção erétil e de outras condições relacionadas à saúde sexual, sendo um dos top 10 medicamentos mais vendidos do país.
O medicamento fechou o ano de 2023 com 43,1 milhões de unidades em vendas no mundo todo, com um aumento de 38,9% em relação ao ano anterior. Em 2024, já foram mais de 80 milhões de unidades vendidas, e os números seguem em um vertiginoso crescimento.
Logo, compreender o funcionamento e as implicações do uso da tadalafila é essencial para aqueles que buscam melhorar sua saúde sexual e usar a medicação com segurança.
Neste artigo, abordaremos os principais tópicos sobre a medicação, incluindo suas indicações, mecanismo de ação, diferenças em relação a outros medicamentos da mesma classe e muito mais. Para conferir mais informações, continue a leitura!
A tadalafila, conhecida pelo seu nome comercial de Cialis, da farmacêutica Lilly, é um inibidor da enzima fosfodiesterase tipo 5 (PDE5), que foi aprovada para uso em diversos países desde 2003.
O medicamento é prescrito principalmente para o tratamento da disfunção erétil, uma condição que afeta milhões de homens em todo o mundo e pode impactar significativamente a qualidade de vida
Além de tratar a disfunção erétil, a tadalafila é também usada para aliviar os sintomas da hiperplasia prostática benigna (HPB) e no tratamento da hipertensão pulmonar. O uso crescente da tadalafila tem sido uma resposta à demanda por opções terapêuticas eficazes e duradouras.
Vasodilatadores são substâncias que promovem a dilatação dos vasos sanguíneos, aumentando o fluxo sanguíneo para diferentes partes do corpo.
Esses medicamentos são frequentemente usados para tratar condições como hipertensão arterial, doenças cardíacas e disfunção erétil.
A tadalafila, como vasodilatador, age relaxando os músculos lisos dos vasos sanguíneos, o que permite um maior fluxo sanguíneo. Esse efeito é especialmente importante na região peniana durante a excitação sexual, pois um fluxo sanguíneo adequado é crucial para a obtenção e manutenção de uma ereção.
A medicação conta com algumas indicações de uso, como, por exemplo:
Para entender para que serve a tadalafila, é importante compreender quais são as doenças que medicação pode tratar. Além da disfunção erétil e da hiperplasia prostática benigna, a medicação também é utilizada para tratar hipertensão pulmonar.
Essas condições afetam milhões de pessoas e podem impactar significativamente a qualidade de vida.
A hipertensão pulmonar, por exemplo, pode levar à falta de ar e à redução da capacidade de exercício, tornando o tratamento com a medicação uma alternativa importante. Saiba mais sobre estas condições abaixo:
A tadalafila é amplamente utilizada para tratar a disfunção erétil. Ela pertence à classe dos inibidores da fosfodiesterase tipo 5 (PDE5) e ajuda a aumentar o fluxo sanguíneo para o pênis durante a excitação sexual, facilitando assim a obtenção e a manutenção de uma ereção.
A hiperplasia prostática benigna é uma condição comum em homens mais velhos, caracterizada pelo aumento da glândula prostática, que pode levar a sintomas urinários, como dificuldade para urinar, aumento da frequência urinária e sensação de esvaziamento incompleto da bexiga.
Também, a medicação também é utilizada no tratamento da hipertensão pulmonar. Essa condição envolve o aumento da pressão nas artérias que vão dos pulmões ao coração, o que pode levar a problemas graves de saúde.
A disfunção erétil e a hiperplasia prostática benigna, doenças tratadas com a medicação, podem ter várias causas, como, por exemplo:
Causa | Descrição | Sintoma | Prevenção |
Diabetes mellitus | Condição crônica que afeta a capacidade de ereção. | Dificuldade em manter ereção. | Controle da glicemia e dieta balanceada. |
Hipertensão arterial | Pressão alta pode danificar vasos sanguíneos. | Ereções menos firmes. | Alimentação saudável e exercício regular. |
Ansiedade e estresse | Problemas psicológicos afetam a função erétil. | Insegurança durante relações. | Terapia e suporte emocional. |
Hiperplasia prostática | Aumento da próstata causa sintomas urinários. | Dificuldade para urinar. | Consultas regulares ao urologista e exames. |
Idade avançada | O envelhecimento natural afeta a saúde sexual. | Redução da libido. | Estilo de vida saudável e check-ups regulares. |
A tadalafila atua inibindo a enzima PDE5, que degrada o GMP cíclico (GMPc), um mensageiro que promove a dilatação dos vasos sanguíneos.
Ao inibir essa enzima, a medicação aumenta os níveis de GMPc, resultando em relaxamento dos músculos lisos e aumento do fluxo sanguíneo para o pênis durante a estimulação sexual.
Reprodução: Toda Matéria
Para entender como a medicação atua, é fundamental conhecer a anatomia do sistema vascular, especialmente na região peniana. O pênis é composto por tecidos eréteis, incluindo os corpos cavernosos e o corpo esponjoso, que se enchem de sangue durante a excitação sexual.
O fluxo sanguíneo adequado é essencial para a ereção, e a tadalafila facilita esse processo ao aumentar a dilatação dos vasos sanguíneos.
Durante a excitação, os nervos liberam óxido nítrico (NO), que estimula a produção de GMP cíclico, promovendo a dilatação dos vasos. A tadalafila inibe a PDE5, que degrada o GMPc, permitindo que seus níveis permaneçam elevados por mais tempo, resultando em ereções duradouras.
Embora tanto a tadalafila quanto a sildenafila, conhecida pelo nome comercial Viagra, da farmacêutica Pfizer, sejam inibidores da PDE5, existem diferenças notáveis entre elas, como, por exemplo:
A tadalafila pode durar até 36 horas, enquanto a sildenafila tem uma duração de cerca de 4 a 6 horas. Isso permite que a primeira opção seja mais flexível, pois os homens podem ter uma janela maior para a atividade sexual.
A sildenafila pode agir mais rapidamente, geralmente em 30 minutos, enquanto a tadalafila pode levar até 2 horas para começar a fazer efeito. Essa diferença pode influenciar a escolha do medicamento, dependendo das preferências individuais.
A tadalafila é também aprovada para o tratamento de HPB (hiperplasia prostática benigna), o que não ocorre com a sildenafila. Isso a torna uma opção versátil para homens que podem estar lidando com múltiplas condições de saúde.
Reprodução: Freepik
A tadalafila e a sildenafila são indicadas principalmente para o tratamento da disfunção erétil, ajudando homens a alcançarem e manterem ereções adequadas durante a atividade sexual.
Além disso, a tadalafila é também utilizada para aliviar os sintomas da hiperplasia prostática benigna (HPB), que inclui dificuldades urinárias associadas ao aumento da próstata. Ambas as medicações são aprovadas para o tratamento da hipertensão pulmonar, melhorando o fluxo sanguíneo nos pulmões e a capacidade de exercício.
Em resumo, enquanto a tadalafila se destaca pela indicação de HPB, ambas as drogas são eficazes para a disfunção erétil e hipertensão pulmonar, com a escolha entre elas dependendo de fatores como a duração do efeito desejada e as condições de saúde do paciente.
Por isso, é sempre recomendável consultar um médico para determinar qual medicamento é mais adequado em cada situação específica.
Na hora de escolher entre genérico, referência ou similar da medicação, é importante entender as diferenças entre eles:
É o medicamento original, que passou por todos os testes clínicos e obteve a aprovação regulatória. Geralmente, ele tem um preço mais elevado devido ao investimento em pesquisa e desenvolvimento.
É uma versão do medicamento original, contendo o mesmo princípio ativo (tadalafila), na mesma dosagem e forma de administração. Os genéricos são obrigados a demonstrar bioequivalência, o que significa que devem ter o mesmo efeito no organismo. Costumam ser mais baratos que a referência.
É um medicamento que contém o mesmo princípio ativo, mas pode ter diferenças na forma de apresentação, excipientes e, às vezes, na dosagem. Os similares não precisam comprovar bioequivalência, mas devem atender a padrões de qualidade e eficácia.
Ao escolher a medicação, leve em consideração os seguintes pontos:
Mas, não faça essa escolha sozinho. Consulte um médico especialista para discutir a melhor opção para suas necessidades e condições de saúde específicas.
Além de suas indicações principais, a tadalafila tem sido estudada para outros usos off-label (ou seja, que não constam na bula da medicação), como:
Contudo, é importante frisar que esses usos ainda não são amplamente aceitos e requerem mais pesquisa para determinar eficácia e segurança. Logo, use apenas para as indicações médicas já comprovadas e com a prescrição de um médico especialista.
Como qualquer medicamento, a tadalafila pode causar reações adversas. Elas podem ser classificadas da seguinte forma:
As reações mais comuns acometem de 10-15% dos pacientes, e são, por exemplo:
Já as reações comuns acometem de 5-10% dos pacientes, e são, por exemplo:
As reações adversas incomuns afetam de 1-10% dos pacientes, e são, por exemplo:
Por fim, as reações raras acometem de 1 a 2% dos pacientes, e são, por exemplo:
Se você se sentiu mal ao usar a tadalafila, é importante prestar atenção aos sintomas e saber quando buscar ajuda médica. Você deve procurar um médico se:
É sempre melhor errar pelo lado da cautela. Se você tiver qualquer dúvida sobre sua saúde após o uso da tadalafila, consulte um médico quanto antes.
Antes de usar a tadalafila, é importante informar ao seu médico sobre:
Essas informações ajudam o médico a determinar se a tadalafila é apropriada para você e a ajustar a dosagem, se necessário.
O tratamento com tadalafila deve ser supervisionado por um profissional de saúde. A dosagem típica varia de 10 a 20 mg, dependendo da condição a ser tratada e das necessidades do paciente. O médico determinará a dose e a frequência adequadas para cada indivíduo, levando em consideração a gravidade da condição e outras comorbidades.
É importante seguir as orientações médicas rigorosamente e não alterar a dose sem consulta prévia. O tratamento pode incluir mudanças no estilo de vida, como alimentação saudável e prática de exercícios, que podem melhorar a eficácia da tadalafila.
A automedicação com tadalafila pode levar a efeitos adversos e complicações. O uso inadequado pode resultar em dependência psicológica, onde o paciente sente que não pode funcionar sexualmente sem o medicamento.
Por isso, é fundamental que o uso do medicamento seja orientado por um médico, que pode avaliar a situação clínica do paciente e evitar possíveis interações medicamentosas ou contraindicações.
A automedicação não só pode mascarar problemas subjacentes mais sérios, como também pode resultar em sérias reações adversas que poderiam ser evitadas com uma supervisão adequada.
A tadalafila pode ser tomada com ou sem alimentos. Para disfunção erétil, é geralmente recomendada uma dose de 30 minutos a 2 horas antes da atividade sexual. Para o tratamento de HPB (hiperplasia benigna prostática), o médico poderá prescrever uma dose diária.
Os pacientes devem ser instruídos a não tomar mais de uma dose por dia e a não misturar a tadalafila com outros medicamentos para disfunção erétil, a menos que recomendado por um médico.
Reprodução: Freepik
Para potencializar o efeito da tadalafila, considere as seguintes dicas:
Apesar de ser um medicamento seguro, ainda há algumas contraindicações de uso. Logo, ela não deve ser usada por indivíduos que:
A tadalafila pode interagir com outros medicamentos, incluindo:
Os pacientes devem ser informados sobre os cuidados a serem tomados ao usar a tadalafila, incluindo:
Como vimos ao longo do artigo, a tadalafila é um medicamento eficaz para o tratamento de disfunção erétil e outras condições. Com a orientação médica adequada, pode melhorar significativamente a qualidade de vida dos pacientes.
Sendo assim, a compreensão de como funciona e de seus potenciais efeitos é vital para um uso seguro e eficaz. Se você ou alguém que conhece está lidando com essas condições, procure ajuda profissional para uma avaliação e tratamento adequados.
Se você está enfrentando problemas relacionados à disfunção erétil ou outras condições de saúde sexual, não hesite em consultar um especialista.
O Dr. Elton Sanchotene é um urologista experiente que irá acompanhar a sua saúde de perto, trazendo os tratamentos mais adequados, conforme a sua individualidade. A saúde sexual é um componente vital do bem-estar geral, e a ajuda profissional pode ser essencial para encontrar a solução certa.
Não, a tadalafila deve ser prescrita por um médico, que avaliará sua condição e determinará a dosagem adequada.
Geralmente, recomenda-se tomar entre 30 minutos a 2 horas antes da relação sexual, dependendo da dose prescrita.
Isso depende da gravidade dos problemas cardíacos. Consulte um médico, pois a tadalafila pode não ser segura para todos os pacientes com condições cardíacas.
Sim, em algumas situações, pode ser prescrita uma dose diária para tratamento de HPB. No entanto, a dosagem deve ser discutida com um médico.
Não, a resposta ao tratamento pode variar de pessoa para pessoa, e nem todos responderão da mesma forma.
Se você esquecer uma dose, tome-a assim que lembrar, mas não tome duas doses ao mesmo tempo. Consulte seu médico para orientações sobre o que fazer em caso de esquecimento.
O melhor horário para usar a tadalafila é cerca de 30 minutos a 2 horas antes da atividade sexual. Isso permite que a medicação tenha tempo suficiente para ser absorvida e começar a agir.
A tadalafila pode ter efeitos que duram até 36 horas, o que a diferencia de outros inibidores da PDE5. Isso permite uma maior flexibilidade em relação ao momento da atividade sexual.
A dosagem correta da tadalafila pode variar dependendo da condição a ser tratada. As doses comuns são de 5 mg, 10 mg e 20 mg. A dose inicial geralmente recomendada para disfunção erétil é de 10 mg, ajustando conforme necessário. É importante seguir a orientação do médico.
Embora seja possível manipular medicamentos, recomenda-se cautela. A manipulação pode resultar em variações na dosagem ou na eficácia. É sempre melhor optar por medicamentos aprovados e fabricados por empresas regulamentadas. Consulte seu médico antes de decidir manipular a medicação.
As principais diferenças entre as dosagens de 5 mg, 10 mg e 20 mg estão na concentração do princípio ativo e na intensidade do efeito. A dosagem de 5 mg pode ser indicada para uso diário ou para homens que respondem bem a doses mais baixas.
A dose de 10 mg é frequentemente usada como dose inicial, enquanto a de 20 mg é a mais alta e pode ser prescrita para aqueles que necessitam de um efeito mais potente. A escolha da dosagem deve sempre ser feita pelo médico, com base nas necessidades individuais do paciente.